O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), rebateu críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), nesta quinta-feira, 10. “Acho que ele deve cuidar da economia”, disse durante evento na linha laranja do Metrô. “Se ele cuidasse da economia, ele estaria indo bem. O Brasil não está indo bem. A gente tem uma agenda fiscal aí relevante, então acho que cabe a ele falar menos e trabalhar mais.”
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A declaração foi uma resposta ao ministro, que classificou como “tiro no pé” a fala do governador sobre a taxação de 50% aplicada pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Tarcísio atribuiu a medida ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado”, disse o governador.
Para Haddad, Tarcísio “errou muito” na sua declaração. “Ou uma pessoa é candidata a presidente, ou é candidata a vassalo”, afirmou o ministro em entrevista ao programa Barão Entrevista, no YouTube.
“Não há espaço no Brasil para vassalagem, desde 1822 isso acabou”, continuou. “O que está se pretendendo aqui? Ajoelhar diante de uma agressão unilateral sem nenhum fundamento econômico?”
Tarcísio defende saída diplomática
Ainda em coletiva de imprensa no Metrô de São Paulo, Tarcísio defendeu uma saída diplomática para o impasse e afirmou que a taxação é prejudicial para o Estado. “A gente precisa, obviamente, sentar na mesa [sic], deixar de lado as questões ideológicas, deixar de lado as questões políticas, os revanchismos, as narrativas e trabalhar”, afirmou. “A gente precisa agora estabelecer uma mesa de negociação.”
Tarcísio disse que a tarifa imposta pelo governo Trump traz impacto negativo direto para São Paulo. “O maior destino de exportações industriais do Estado de São Paulo são os Estados Unidos”, afirmou. “Então, obviamente, é deletério. Perdem empresas importantes como, por exemplo, a Embraer, que fechou grandes contratos agora recentemente.”
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O governador afirmou que já iniciou conversas com a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Segundo ele, agora é responsabilidade do governo federal conduzir as negociações. “Cabe a ele sentar na mesa [sic], negociar e resolver e apontar um caminho.”
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