O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da nova tarifa de 50% aplicada a produtos brasileiros gerou reações entre os governadores.
Dos 27 chefes estaduais, apenas quatro comentaram o episódio nas redes sociais. Três deles aproveitaram a ocasião para criticar duramente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua condução das relações com os norte-americanos.
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Entre os que se manifestaram, destacaram-se Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União-GO) e Romeu Zema (Novo-MG).
Os três usaram suas postagens para acusar o petista de negligenciar a diplomacia e de provocar desnecessariamente os EUA, principal parceiro comercial do Brasil.
Tarcísio afirma que “Lula colocou sua ideologia acima da economia” e responsabiliza o governo por desprezar negociações com o maior investidor direto no país. Segundo o governador, “narrativas não resolverão o problema”.
Já Caiado fez uma analogia com a Venezuela. Para ele, Lula age como o ditador Hugo Chávez ao enfrentar os EUA e tentar construir um conflito político interno para justificar medidas externas.
O goiano defende a criação de uma comissão parlamentar para dialogar diretamente com o governo norte-americano. A ideia é esclarecer que o povo brasileiro não compactua com as declarações do Planalto.
Zema, por sua vez, adotou tom direto e destacou que “as empresas e os trabalhadores brasileiros vão pagar a conta do Lula, da Janja e do STF”. O mineiro alerta que provocações e censura terão efeitos negativos para Minas Gerais e para todo o país.
O embate entre Lula e Trump
A única manifestação favorável ao presidente veio do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), que classificou a decisão de Trump como “punição ao setor produtivo brasileiro”.
A nova tarifa de 50% anunciada por Trump entrará em vigor em 1º de agosto. Em carta publicada nesta quarta-feira, 9, o republicano justificou a medida com base no tratamento dado por Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem declarou respeito.
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Em resposta, Lula anunciou que o governo brasileiro aplicará a recém-aprovada Lei da Reciprocidade Econômica (nº 15.122/2025), sinalizando possíveis medidas retaliatórias.
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