As declarações recentes do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o Brasil acenderam um alerta entre advogados que defendem réus acusados de planejar o suposto golpe de Estado.
Segundo a apuração de Luísa Martins, analista política da CNN Brasil, em vez de favorecer os investigados, a ofensiva do republicano pode provocar uma reação ainda mais dura do Supremo Tribunal Federal (STF).
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Advogados consultados pelo veículo acreditam que os ataques externos podem reforçar a rigidez da Corte. Ao contrário do que aliados de Jair Bolsonaro esperavam, os ministros não demonstraram nenhuma intenção de recuar diante da pressão vinda de Washington D.C.
O STF não pretende alterar prazos nem adiar julgamentos em função das falas de Trump. O ministro Alexandre de Moraes, relator dos principais “inquéritos sobre atos antidemocráticos”, optou por manter silêncio institucional.
STF discute novas restrições contra investigados
Mesmo sem declarar posição oficial, ministros do STF avaliam novas medidas cautelares contra investigados por supostamente conspirarem contra as instituições.
Entre as ações em estudo está a apreensão de passaportes, uma resposta direta a episódios recentes que envolvem aliados de Bolsonaro. A deputada Carla Zambelli, por exemplo, viajou à Europa durante a investigação.
+ Leia também: “Moraes ordena bloqueio de OnlyFans de Allan dos Santos”
Já o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reside nos Estados Unidos atualmente. Outro fato que pesa na análise do STF é a breve estadia de Jair Bolsonaro na Embaixada da Hungria.
O STF enxerga as movimentações estrangeiras como tentativas de interferência na soberania brasileira. O ministro Flávio Dino, sem citar nomes, usou as redes sociais para reiterar a posição do Judiciário: o país não aceitará intimidação de potências estrangeiras.
O post Trump pressiona, e defesas temem maior rigor do STF nos julgamentos apareceu primeiro em Revista Oeste.