A saúde pública virou palco de um verdadeiro descalabro administrativo, e os vereadores da cidade não pouparam críticas ao prefeito durante a última sessão na Câmara. No centro do debate, o vereador Léo Novaes, integrante do grupo dos 11 parlamentares contrários ao governo, foi direto:
“Chega de esquentar empresa! Prefeito, copia Barueri, Itapevi, Jundiaí… mas na decência!”
A revolta dos parlamentares reflete o caos enfrentado por médicos, enfermeiros e usuários da rede municipal. Troca constante de empresas terceirizadas, atrasos salariais e falta de estrutura mínima transformaram o atendimento de saúde em um verdadeiro campo de guerra.
Médicas chorando no plantão
Durante fiscalização em unidades de saúde, Novaes disse ter encontrado profissionais às lágrimas.
“Duas médicas chorando, literalmente chorando. Como que a gente aceita um negócio desse em pleno século XXI?”
A indignação cresceu com relatos de funcionários sem pagamento, fruto de contratos que mais servem para trocar nomes do que para resolver problemas.
O vereador Ricardo Almeida engrossou o coro e ironizou a gestão municipal:
“Estamos recebendo o troféu Seu Madruga! Não paga aluguel, não paga funcionário, não paga empresa.”
Para ele, a prefeitura precisa parar de culpar as terceirizadas e assumir sua responsabilidade.
“Vanessa, eu tiro meu chapéu para você” (mas era para o prefeito, né?)
No meio do caos, sobrou um elogio – mas carregado de ironia. A vereadora Vanessa da Saúde, uma das principais defensoras do governo na Câmara, foi mencionada por Novaes, que fez questão de destacar a enrascada administrativa em que ela se encontra ao tentar justificar o injustificável:
“Vanessa, eu tiro meu chapéu para você, porque não é fácil fazer gestão pública, principalmente na saúde, com troca de empresa a cada seis meses. Eu já gostava de você, vou começar a gostar cada vez mais… porque olha, para defender esse governo e não perder a paciência, tem que ser guerreira!”
A fala carregada de sarcasmo arrancou risos e olhares desconfiados no plenário. O recado era claro: se a gestão municipal virou um circo, Vanessa estava ali tentando apagar incêndios enquanto os verdadeiros responsáveis assistiam de camarote.
O ‘sumiço’ da Serjan e a dança das cadeiras
Em meio ao caos, uma empresa específica foi lembrada: a Serjan, que prestava serviços à saúde e, segundo os vereadores, mantinha os salários em dia.
“Era uma das melhores empresas, não aceitava atraso nos pagamentos, e onde está agora? Será que foi descartada porque não aceitava jogar o jogo sujo?”
questionou Almeida.
A constante mudança de prestadoras prejudica tanto os trabalhadores quanto a população, que enfrenta uma rede cada vez mais sucateada. Novaes reforçou que o caminho pode ser a volta da gestão direta da saúde pela prefeitura, como já aconteceu no passado.
“Se terceirizar não funciona, por que continuar insistindo no erro?”
Município no ranking do calote
O rótulo de “Município do Calote” foi repetido várias vezes na sessão. A falta de planejamento, segundo os vereadores, leva a cenas absurdas: médicos se aposentando sem reposição e atrasos recorrentes que afugentam profissionais qualificados.
A pressão sobre a gestão municipal aumenta. Agora, resta saber se o prefeito seguirá ignorando o colapso ou se finalmente sairá do discurso para a ação. Até lá, médicos seguem sem receber, pacientes continuam à deriva e a população assiste ao show de horrores na saúde pública.
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