A deputada Carla Zambelli (PL-SP) encaminhou uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR), a qual pede a investigação de um contrato milionário entre o Ministério da Saúde e uma empresa ligada a uma parlamentar aliada de Lula.
Zambelli quer que seja apurado um possível “favorecimento” no contrato de R$ 211,5 milhões firmado entre o Ministério da Saúde e a Voare Táxi Aéreo, empresa de Renildo Lima, marido da deputada Helena Lima, também conhecida como Helena da Asatur (MDB-RR) – que integra a base de Lula na Câmara.
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“A empresa foi contratada para realizar o transporte aéreo de indígenas e equipes de saúde na Terra Yanomami”, denunciou Zambelli. “No entanto, chama atenção o fato de que a referida parlamentar é sócia da empresa contratada, conforme declarado em sua prestação de contas à Justiça Eleitoral, e também por já haver sido identificada pela Receita Federal como administradora da Voare até fevereiro de 2023, quando assumiu o mandato parlamentar.”
A deputada de oposição destacou que desde a eleição que proporcionou o mandato de Helena da Asatur, a empresa aérea “ampliou expressivamente os contratos com a União”.
“A Voare firmou contratos de pelo menos R$ 211 milhões com o Ministério da Saúde, dos quais R$ 75 milhões foram pagos apenas no ano de 2024”, apontou a parlamentar.
“Tal crescimento abrupto no faturamento da empresa coincide diretamente com a entrada da parlamentar na base de apoio ao governo federal, levantando sérias suspeitas de que tais contratos possam estar sendo utilizados como instrumento de recompensa política ou manutenção de apoio parlamentar, em claro desvio de finalidade”, acrescentou Zambelli.
Marido de aliada de Lula foi preso com dinheiro na cueca
No requerimento enviado à PGR, Zambelli citou que Renildo Lima chegou a ser preso com R$ 505 mil na cueca, em investigação sobre compra de votos.
“Este saco de grana oficial do governo Lula parece inesgotável e sustenta uma trama infinita de privilégios e favorecimentos”, afirmou. “De um lado, milhões de pobres, presos à caridade que alimenta a indústria da miséria. Do outro, personagens já conhecidos por escândalos passados, que orbitam contratos e acordos com o governo, muitas vezes sob questionamentos e investigações.”
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No documento, a deputada de oposição também apontou uma possível “omissão” do Ministério da Saúde “diante dos antecedentes de Renildo e do vínculo político, sugerindo que o contrato pode ter visado apoio parlamentar, em possível desvio de finalidade”.
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